quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Saudades

Deixando de lado o fato de não haver (acho que nesta ordem):

  1. Absorventes e duchas higiênicas
  2. Google
  3. Galaxy Note IV
  4. Android 4.4 KitKat
  5. Rede Social
Estou com saudades do tempo do meu avô! Bom lembrar que minha família é velhinha e ele nasceu em 1875.
É tanto crime dando bom dia pra gente (todo santo dia!) que fica meio impossível não cair nas mãos deste chavão: "saudades dos outros tempos". 
Fico com vontade de matar o pobre atendente de açougue (por sinal, não há mais açougueiro, vejam!) porque ele está demorando pra cortar a carne, ou porque ela não está "funcionando" 100%. Queria colocar mais HD, mais velocidade, mais perfeição no produto/serviço.
Começo então, a sentir saudades incontroláveis do tempo onde a vovó usava um brinco de tarraxa!!! Imagina ficar girando esta coisinha! Duas vezes! Haja tempo sobrando...
Sinto saudades do fecho da pulseira que chamávamos de "pega-ladrão"! Hahahahaaaaaaaa
Imaginem! Era uma mísera correntinha que ligava uma ponta à outra!  O quê? O ladrão era gentil ou estúpido?

Só pra ilustrar, pesquisei no Google uma imagem de um "pega-ladrão", apareceu a imagem do José Dirceu!!! Haahaaahaaa... Temos que ensinar algo ao Google, enfim...
Bem e ainda há o fato de que se usava isto aí na rua!
Essas peças contam uma história sobre os humanos daquela época, não?

Às vezes vejo postagens saudosistas, no FB... "antigamente não usávamos cinto de segurança e nada acontecia...". Sinto saudades de ver motoristas mais preocupados com o que estão fazendo.
Não... é mais sério que isto. Sinto saudades do tempo onde o humano era capaz, ou tinha tempo, ou tinha algo enfim que permitia que ele olhasse para o OUTRO. Algo que permitia que o humano conseguisse VESTIR A PELE DO OUTRO e... compreendê-lo.
Não vejo tantos humanos, hoje em dia...
Talvez por isso veja tantas desumanidades... Estaremos deixando de ser Pessoas?

Lembro de outra história. Nem tão antiga. 
O irmão da minha amiga deve estar chegando aos 50 anos, acho... Então, há uns 25, 30 anos, ela contou que ele e seus amigos saíam no bloco de Carnaval da Quarta-feira de Cinzas e, pasmem! a polícia ia atrás! Os perseguia! Olhem que jóia rara, que delicadeza de momento!
Outro dia, vi um mendigo, talvez, com cara e postura de morto e me peguei ligando para a polícia e pedindo muitas desculpas por importuná-los, fiquei explicando por vários minutos, que compreendia que eles deveriam estar ocupadíssimos... enfim... tudo porque eu queria que eles protegessem uma pessoa que estava, talvez em situação de risco... Estranho, né? Mas era assim o meu bairro. 

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