
Gatos são normalmente animais... não oprimidos; mas excluídos. São tachados de traiçoeiros, egoístas, de interesseiros.
De fato, gatos são autoritários, possessivos, ciumentos, extremamente territorialistas exercendo domínio, muitas vezes do pior modo ditatorial possível!
Porém...
Ao contrário de um cachorro, efetivamente não se deve esperar de um gato que abaixe a cabeça pra um dono que o maltrate. Ele reagirá e muito provavelmente, irá embora. A nossa cultura (notadamente, a cristã) prega dar a outra face.
Ao contrário de um cachorro, efetivamente não se deve esperar de um gato que abaixe a cabeça pra um dono que o maltrate. Ele reagirá e muito provavelmente, irá embora. A nossa cultura (notadamente, a cristã) prega dar a outra face.
O gato não dá nem uma face, que dirá a outra!
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Do mesmo modo, a nossa cultura, diz que devemos padecer em nome do paraíso (ou algo assim...).
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Do mesmo modo, a nossa cultura, diz que devemos padecer em nome do paraíso (ou algo assim...).
O gato quer ser feliz e possuir seu paraíso aqui e agora e quando o encontra, ao contrário do que muitos pensam, compartilha com quem habita com ele.
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Quem habita com ele... "Gatos se apegam à casa não ao dono"...
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Quem habita com ele... "Gatos se apegam à casa não ao dono"...
E quem foi que disse que gato tem dono??? Prepotência nossa achar que tudo possuímos! Falta de humildade! O gato pertence à Vida.
O problema é que os homens se apropriam constantemente... De coisas, de pessoas, de lugares, de bichos... Daí, até chegam a pensar que os gatos são seus...
Não sei se gatos se apropriam... sei que seduzem!
:O)
Só quem convive com eles compreende bem quem pertence a quem... e, já que não é como deveria ser: natural; será nobre talvez, o animal “racional” (as aspas são em nome do Líbano) que respeitar esta política vinda de um animal “não racional”...
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Em nossa cultura, o animal homem prega amor incondicional... Seguidamente vemos espancamento de mulheres, de crianças, de animais e... do meio ambiente também...
Ora, sabemos que sofrimento contido é corredeira rumando à represa... Vai arrebentar.
O gato impõe condições para seu amor.
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Em nossa cultura, o animal homem prega amor incondicional... Seguidamente vemos espancamento de mulheres, de crianças, de animais e... do meio ambiente também...
Ora, sabemos que sofrimento contido é corredeira rumando à represa... Vai arrebentar.
O gato impõe condições para seu amor.
Permito-me agora caricaturar para dizer que porque gatos conhecem limites, não ateiam fogo a índios...
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Nós, seres humanos, tendemos a nos acomodar... (Lembram do texto da Marina Colasanti?)
“A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter que outra vista que não as janelas ao redor. E, por que não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.”
O gato também se acostuma... A diferença é que ele só se acostuma ao que é bom... (Vocês não sentem que esta frase para algumas pessoas soa como um palavrão? Um pecado?? Algo indizível???).
O gato estará constantemente a procura de qualquer raiozinho de sol... todo o tempo... Com seu andar gracioso, suave, como obra de arte em movimento, desviando-se dos eventuais obstáculos a sua frente, vai até a luz e se deita e se deleita... Assim mesmo, como se uma rima estivesse contida em seus atos. Esbanjando prazer apenas com a simplicidade do sol.
Quando nós perseguiremos nosso raio de sol com tal tenacidade e elegância?
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Nós, seres humanos, tendemos a nos acomodar... (Lembram do texto da Marina Colasanti?)
“A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter que outra vista que não as janelas ao redor. E, por que não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.”
O gato também se acostuma... A diferença é que ele só se acostuma ao que é bom... (Vocês não sentem que esta frase para algumas pessoas soa como um palavrão? Um pecado?? Algo indizível???).
O gato estará constantemente a procura de qualquer raiozinho de sol... todo o tempo... Com seu andar gracioso, suave, como obra de arte em movimento, desviando-se dos eventuais obstáculos a sua frente, vai até a luz e se deita e se deleita... Assim mesmo, como se uma rima estivesse contida em seus atos. Esbanjando prazer apenas com a simplicidade do sol.
Quando nós perseguiremos nosso raio de sol com tal tenacidade e elegância?
:O)
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Finalmente (ou talvez nem haja fim, nessa história!), vejo boa parte dos seres humanos mais parecidos com ovelhas (que me perdoem as ovelhas!); como um grande rebanho pastando submisso a não importa qual dono, aceitando tudo e qualquer coisa, sem reação...
Além do lobo, o lince também é predador de ovelhas.
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Que conclusão há nisso tudo? (Se é que conclusão é preciso!)...
Bem, imagino que:
· procurar a felicidade, o sucesso;
· não se submeter à dor ou ao sofrimento;
· entender o amor como troca;
· lutar por seus direitos;
· desejar dignidade;
· ser cônscio de seu lugar no Mundo e na Vida;
entre muitas outras coisas, não serão atos apreciados por aqueles que “não gostam de gatos”...
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Que conclusão há nisso tudo? (Se é que conclusão é preciso!)...
Bem, imagino que:
· procurar a felicidade, o sucesso;
· não se submeter à dor ou ao sofrimento;
· entender o amor como troca;
· lutar por seus direitos;
· desejar dignidade;
· ser cônscio de seu lugar no Mundo e na Vida;
entre muitas outras coisas, não serão atos apreciados por aqueles que “não gostam de gatos”...
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O Zé do Gil, além de todas as qualidades exaltadas por seu sobrinho, Joâo Henrique, possuía também a rara compreensão deste animal e, dizem por aí, que quando nos identificamos com determinados bichos é porque vemos neles nossas próprias características ou posturas diante da vida.
Os gatos não são subservientes, são independentes, têm o amor como irmão da reciprocidade e tudo o mais que foi dito...
Como se não bastasse, alguém já disse que são pequenas obras-primas da Natureza, esteticamente perfeitos, o que confere a quem os admira o status e a sensibilidade própria de pessoas ligadas à arte.
E, já que me propus a falar de aspectos bons e maus de um modo geral, será justo dizer que a esta altura, a esta humana que escreve, falta sem dúvida, humildade!
:O)
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